
A companhia de planos de saúde Omint está montando uma seguradora no país. Com investimento de R$ 30 milhões, a nova empresa vai atuar com seguros de vida corporativo e individual e apólices de viagens. O plano de negócios prevê que a seguradora atinja um faturamento de R$ 60 milhões em prêmios de seguros ao fim do terceiro ano de operação e que responda por um terço da receita do grupo no país em dez anos.
“Há alguns anos estudamos como ampliar o leque de negócios e produtos no país”, conta André Coutinho, diretor geral da Omint. O grupo tem uma operadora de saúde, uma empresa de planos odontológicos e uma companhia de assistência de viagens está última será absorvida pela seguradora. O grupo Omint apresentou faturamento de R$ 973 milhões no ano passado, com crescimento de 15% em relação ao ano anterior.
O lucro líquido avançou 6%, para R$ 39 milhões, em 2014. A seguradora terá capital de R$ 23 milhões e recebeu autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para operar esta semana. A companhia começará a atuar no segundo semestre. Segundo Coutinho, além de seguros de vida e de viagem, outro potencial produto da seguradora será o VGBL Saúde, caso ele seja regulamentado.
O setor discute, já há alguns anos, a viabilização de um produto de acumulação para o custeio do plano de saúde na aposentadoria. “Não queremos atuar com previdência, que é um produto bancário, nem com seguros de automóveis e coberturas corporativas patrimoniais”, diz o diretor. A seguradora vai explorar a base de clientes da operadora de saúde assim como os corretores com os quais já trabalha e novos parceiros para distribuir as apólices. A Omint Saúde tem 2,5 mil clientes empresariais, 14,5 mil clientes pessoa física, num total de 120 mil vidas.
A competição no segmento de seguros de vida, principalmente o corporativo, tem aumentado nos últimos anos. Segundo Coutinho, a Omint Seguros não vai brigar pelas grandes contas, em que “a briga é enorme”. Ele diz que o foco será na prestação de serviços e nas pequenas e médias empresas, que hoje não contam com um serviço de acordo com suas necessidades, segundo o executivo.