Pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha, indica que a inflação é o fator que mais pode influenciar a decisão de um novo investimento este ano, seguido dos juros e das eleições presidenciais.

Para 50% das pessoas, a manutenção da inflação em alta pode diminuir consideravelmente a intenção de investir, percentual que sobe para 57% se analisadas somente as respostas da classe D/E. Para 27% dos entrevistados, o aumento da inflação não impacta na decisão de investir ou não. Por outro lado, para 24% dos entrevistados, aumenta a possibilidade de uma nova aplicação. Para 24% dos entrevistados, inflação em alta aumenta a possibilidade de uma nova aplicação.

A pesquisa ouviu 5,8 mil pessoas das classes A, B, C e D/E, de todas as regiões do País. O segundo fator que pesa negativamente na decisão de investimento da população é a alta dos juros. O comportamento do indicador foi citado por 39% dos entrevistados, sendo que esse porcentual chega a 47% entre a classe D/E. Porém, 30% do total da população enxerga a ampliação da taxa como uma oportunidade de investir seu dinheiro e ter mais rentabilidade. Predominam neste grupo os entrevistados das classes A, B e C.

Para 30% dos entrevistados, os juros não influenciam na decisão de aplicar ou não em um produto financeiro. Questionados sobre as eleições presidenciais, 41% dos entrevistados disseram que o evento é indiferente na decisão de investir ou não neste ano. O porcentual cai para 34% para os entrevistados da classe D/E.

Mesmo em um ambiente mais incerto e volátil devido às eleições, inflação e juros, a maioria (59%) se mantém otimista sobre a economia em 2022. O porcentual maior é da população da classe D/E, com um total de 62%, enquanto o das A, B e C, ficou em 58%. Entretanto, 27% do total acha que a economia vai ficar pior do que no ano passado, sendo 28% da classe D/E e 26%, das A, B e C.

Fonte: Revista Investidor Institucional