Os fundos de pensão tiveram rentabilidade de 7,26% no primeiro semestre, resultado acima da taxa de juros padrão, que estabelece o rendimento mínimo das entidades, de 6,62% no período. Segundo a Abrapp, associação que representa o setor, o patrimônio das entidades chegou a R$ 1,14 trilhão. “Houve preocupação com a bolsa, mas a recuperação e a vacinação da população nos permitem enxergar o crescimento de forma positiva”, disse o presidente da entidade, Luís Ricardo Martins, em entrevista a jornalistas. No período, o superávit líquido foi positivo em R$ 19,1 bilhões.

Foram 121 entidades com resultado positivo, que chegaram a R$ 48,2 bilhões, considerando os resultados consolidados. Por outro lado, 118 fundos de pensão tiveram resultado negativo, que somou R$ 29,1 bilhões. Quase 72% dos recursos do setor estão alocados em renda fixa, a maioria está em fundos de investimento (R$ 589,6 bilhões). Os títulos públicos representam (R$ 158,6 bilhões). Ao longo dos anos esse patamar não se alterou de forma significativa.

Conforme os dados disponibilizados pela associação, o menor patamar foi em 2014, de 64% do total. A renda variável hoje representa quase 21% – 11,3% está em ações e 9,1% em fundos. Segundo a Abrapp, o novo patamar de juros trouxe desafios aos fundos de pensão e o setor está repensando os seus investimentos. A associação está elaborando um manual de boas práticas para os fundos de investimentos em participações (FIPs), voltado a oferecer maior segurança jurídica e estabelecer boas práticas na revitalização do instrumento, um dos pivôs dos escândalos que envolveram os fundos de pensão há alguns anos.

O patrimônio dos Plano Família, iniciativa que permite a inclusão de parentes de participantes, alcançou R$ 519 milhões, divididos em 34 planos e 80 mil participantes. A Abrapp prevê que o patrimônio dessa modalidade pode chegar a R$ 2 bilhões no próximo ano, em um total de 120 planos.

Fonte: Valor Econômico