Plano de saúde de SP investe mais de R$ 1 bi e avança em SC com aquisições

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O setor de planos de saúde registrou crescimento de 2,64% no número de vidas atendidas em Santa Catarina de junho de 2020 a março deste ano, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foi a maior alta da Região Sul. Entre as empresas que estão investindo no Estado está o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI), de São Paulo, que avança por aquisições. Acaba de negociar, por R$ 1,06 bilhão a compra o Centro Clínico Gaúcho (CCG), que atende 8 mil vidas na Grande Florianópolis e vai adotar mês que vem a marca nacional GNDI para a região da Capital.

Maior operadora independente de saúde do Brasil, o Grupo NotreDame Intermédica entrou no mercado catarinense em fevereiro de 2020, com a aquisição da empresa paranaense Clinipam, que atuava com plano de saúde e centros clínicos próprios na região de Curitiba e no Vale do Itajaí. Quando assumiu a operação, atendia 350 mil vidas nos dois estados e hoje já são 412 mil, informa o CEO do grupo para a Região Sul, Mario Saddy.

Segundo o executivo, do total de beneficiários atuais, 112 mil são de Santa Catarina, nas cidades de Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, Itajaí e Balneário Camboriú. Esse número crescerá para 120 mil quando assumir o CCG, o que ainda depende da análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Além disso, a companhia ficará ainda mais forte em SC se o Cade aprovar a fusão Hapvida Intermédica anunciada em março porque a empresa do Ceará já tem atuação forte em Joinville com plano de saúde e um novo hospital próprio. A Intermédica também espera aprovação do Cade para aquisição da Lifiday, anunciada em outubro por R$ 70 milhões. A carteira é de 57 mil segurados em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O crescimento acelerado acontece com aquisições e a companhia mantém o modelo de atendimento verticalizado. Um dos passos já dados nesse sentido foi a aquisição do Hospital do Coração de Balneário Camboriú por R$ 65 milhões, em plena pandemia, no mês de maio de 2020. A instituição atende segurados do plano, de outras operadoras e pacientes privados. Além disso, tem 10 centros clínicos próprios no Estado e convênios com hospitais onde não conta com instituição própria.

A propósito, chama a atenção nessa onda de aquisições do GNFI o avanço no número de hospitais. Nesta segunda-feira (14) o grupo anunciou acordo para a compra do Hospital Maringá, no Paraná, por R$ 92 milhões. Além do Hospital do Coração em SC, em outubro adquiriu por R$ 48,5 milhões o Hospital e Maternidade Santa Brígida, de Curitiba e em novembro, investiu R$ 170 milhões na compra do Grupo Hospitalar de Londrina, dono de dois hospitais gerais de alta complexidade, o Hospital Paes Leme e o Bela Suíça. Nesta semana, além da compra da unidade em Maringá, será inaugurado o hospital Humaniza, do CCG, que acaba de ser finalizado em Porto Alegre.

Sobre a atuação no mercado, o GNDI procura atender tanto empresas quanto pessoas físicas. O foco é a qualidade e eficiência no atendimento, com atenção à redução de custos, que é o grande desafio dos serviços de saúde.

– A gente tem plano de entrada, mas acessível e também plano mais caro, com reembolso. Atualmente, do nosso total de clientes, 56% são de plano corporativo e 42%, de pessoas físicas – afirma o CEO do GNDI para a Região Sul.

Com 53 anos de atuação, o Grupo NotreDame Intermédica conta com 6,6 milhões de beneficiários, 28 hospitais, 88 centros clínicos e 23 prontos-socorros. No ano passado, alcançou receita líquida de R$ 10,7 bilhões e lucro líquido de R$ 1,01 bilhão.

Fonte: NSC Total