Ata do Copom diz que cenário não permite hipótese de cortar juros

O documento colocou nos gastos do setor público a culpa pela inflação ainda não caminhar em direção à meta
O documento colocou nos gastos do setor público a culpa pela inflação ainda não caminhar em direção à meta

Em ata da reunião realizada na quarta-feira passada (27), o Copom (Comitê de Política Monetária) disse que o cenário atual não permite que se trabalhe com a hipótese de flexibilização monetária. Ou seja, o corte de juros tão aguardado pelo mercado não deve ocorrer tão cedo. Conforme mostra a ata, o comitê se comprometeu a adotar as medidas necessárias para assegurar o cumprimento das metas. As projeções apresentadas seguem com inflação acima de 4,5% para 2016 e 2017, o que corrobora com a postergação da redução da Selic. Consta na ata ainda uma percepção de que, apesar da melhora, há incerteza no balanço de riscos para o avanço dos preços.

Ainda segundo o documento, o balanço do setor público se encontra em zona expansionista, o que pressiona a inflação. “Apesar dos avanços no combate à inflação, há incertezas associadas ao balanço de riscos com fiscal”, diz a ata. O Copom ainda destacou que o processo de realinhamento de preços mostrou-se mais demorado e intenso. Em sua última reunião, o comitê decidiu manter a taxa básica de juros da economia brasileira em 14,25% ao ano.

Fonte: Infomoney