Despesas assistenciais sobem 16,9% na saúde suplementar

pensionNo ano de 2014, as despesas assistenciais do setor de Saúde Suplementar cresceram 16,9%, totalizando R$ 107,1 bilhões. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) foi a responsável pela análise preliminar dos dados disponibilizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As receitas de contraprestações somaram R$ 130,4 bilhões e aumentaram 15,6%, na mesma base de comparação.

Este crescimento de 16,9% nas despesas de 2014 se devem pelo aumento do número de beneficiários, de 2,5%, e à inflação geral de preços, de 6,4%, segundo o IPCA, no período citado. Juntos, tais indicadores cresceram 9,1% e a diferença de 7,2% fica por conta do crescimento real per capita das despesas com assistência à saúde, ou seja, descontados o aumento de beneficiários e a inflação geral de preços.

Os procedimentos ambulatoriais e hospitalares, sejam consultas médicas, exames ou terapias e internações contam como despesas assistenciais e apresentaram um aumento muito alto, podendo ameaçar a sustentabilidade financeira do setor.

Desde 2008, o aumento nos gastos em consulta tem se mostrado constante, variando 43,2%.grafico-gasto-consulta

Quanto às taxas de sinistralidade nas modalidades de assistência médica, em 2014, o aumento foi de 1,2p.p. e chegou a 82,7%, na comparação com 2013. No mercado, considerando todas as modalidades de planos médicos e odontológicos, a taxa foi de 82,1%, com expansão de 0,9p.p., na mesma base de comparação.

Em dezembro de 2014, o mercado de saúde suplementar alcançou 72,7 milhões de beneficiários, com expansão de 3,4% em relação a 2013. Os planos de assistência médica se expandiram em 2,5%, e os exclusivamente odontológicos, 5,6%.

Nos últimos anos, o mercado de Saúde Suplementar constituiu mais de R$ 27,9 bilhões em provisões técnicas (posição até dezembro de 2014). As provisões técnicas são o lastro financeiro que formam as garantias para os riscos assumidos pelas operadoras. Nos últimos três anos, calculados até dezembro de 2014, foram provisionados R$ 9,3 bilhões, com expansão de 45,2% na comparação com 2011.

Com esses dados, temos que, das 1.156 operadoras ativas que divulgaram o resultado do patrimônio líquido no quarto trimestre de 2014, 79 tiveram resultado negativo, o que representa 6,8% do mercado. Destas, 55 operadoras já haviam apresentado patrimônio líquido negativo também no terceiro trimestre do ano.

Saúde Business/ANS/IESS